COVID-19
A doença provocada pelo Coronavírus 19 ou COVID-19 foi definida como pandemia em março de 2020 pela Organização Mundial de Saúde (OMS)1. Uma pandemia refere-se a uma doença que normalmente tem aparecimento repentino e se alastra por vários países de diferentes continentes2. Conforme ocorreu com o COVID 19, que surgiu em dezembro de 2019 em Wuhan na China e se espalhou em escala global1.
(Texto redigido pelas docentes: Isaiane Bittencourt e Mariana Costa)
COVID-19
A situação epidemiológica no Brasil, atualizada em 01 de julho de 2020, é de uma crescente de casos e óbitos pela COVID-19 (até agora foram confirmados 1.402.041 casos e 59.594 óbitos pela doença). Em número total de casos, o Brasil ocupa o segundo lugar no mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos.
A incidência de casos no país é de aproximadamente 667,2 casos por 100.000 habitantes e 4,3% de letalidade.
Na Bahia, foram confirmados 73.307 casos da doença e 1853 óbitos, os casos estão distribuídos em 385 municípios baianos. A incidência de casos na Bahia é de 492,88 casos por 100.000 habitantes.
Observa-se que a incidência da COVID19 na Bahia é menor que a brasileira, o que pode ter relação direta com as ações relacionadas ao distanciamento social, como a suspensão de aulas, fechamento de comércios não essenciais e suspensão de transporte em cidades com casos confirmados. No entanto, nos últimos 30 dias, essa incidência de casos na Bahia tem se aproximado da nacional, o que alerta para o crescimento dos casos no território.
Fonte da imagem: Johns Hopkins University e Medicine, 26 maio 2020
(Texto redigido pelas docentes: Isaiane Bittencourt e Mariana Costa e atualizado pela docente Mariana Costa)
DISTANCIAMENTO SOCIAL
A COVID-19 é responsável por causar uma Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) com alguns sinais e sintomas como dores, congestão nasal (entupimento do nariz), dor na garganta, dispneia (cansaço), febre, tosse seca e raramente diarreia. É importante atentar para sintomas de obstrução nasal em crianças, confusão mental, sonolência, perda do apetite e irritabilidade em idosos. Nem todos os infectados apresentaram todos os sinais e sintomas e muitos indivíduos não apresentaram qualquer alteração. Mas, cerca de uma pessoa em cada seis doentes desenvolverá um quadro grave e necessitará dos serviços de saúde, especialmente dos hospitais ou dos serviços com Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para se recuperar3.
Fonte da imagem: Governo do Estado do Paraná, 2020
(Texto redigido pelas docentes: Isaiane Bittencourt e Mariana Costa)
SINTOMAS DA COVID-19
A transmissão da COVID-19 ocorre principalmente pelo contato com gotículas respiratórias de pacientes doentes e sintomáticos. Estas gotículas podem contaminar o ambiente e infectar pessoa que tenham contato com estes locais. É importante lembrar que pessoas contaminadas assintomáticas também podem transmitir a COVID-19, ainda que em uma menor frequência. Nem todas as formas de transmissão da doença foram descobertas, devido a novidade do tema e de poucas pesquisas na área, segue incerto a transmissão pelo ar. Desta forma, é prudente não desconsiderar esta possibilidade e fazer uso de máscara se necessário sair de casa ou a qualquer sintoma gripal3.
No Brasil, a transmissão da doença ocorre de forma comunitária, ou seja, não é possível identificar a origem da infecção, o vírus infectou pessoas que não vieram do exterior ou que não tiveram contato com pessoas que estiveram fora do Brasil.
Fonte da imagem: OPAS Brasil, 2020.
(Texto redigido pelas docentes: Isaiane Bittencourt e Mariana Costa)
TRANSMISSÃO DA COVID-19
A COVID-19 ocorre de formas diferentes as pessoas e tende a ser mais grave nos pacientes que já apresentam alguma outra doença, as comorbidades, especialmente se apresenta alguma alteração respiratória.
Como é uma doença de escala global, com elevada possibilidade de transmissão e capaz de gerar casos graves, é fundamental aderir a um conjunto de medidas para evitá-la.
Os principais cuidados envolvem3:
Higienizar as mãos com água e sabão ou álcool em gel à 70%;
Cobrir nariz e boca ao espirrar ou tossir;
Evitar o contato com mucosas (membrana rósea) dos olhos, nariz e boca;
Não compartilhar objetos de uso pessoal como prato, copo e outros;
Deixar os ambientes ventilados e evitar o contato com pessoas doentes.
Além destes cuidados, a Secretária de Saúde do Estado da Bahia (SESAB)4 e a prefeitura de Senhor do Bonfim recomendam:
Uso de máscaras artesanais para a população e representa uma barreira mecânica adicional de combate ao vírus.
Fonte da imagem: SJC, 2020.
(Texto redigido pelas docentes: Isaiane Bittencourt e Mariana Costa)
FORMAS DE PREVENÇÃO DA COVID-19
Vamos transformar esta informação em conhecimento e juntos vencer esta pandemia!
Fonte: CONASEMS,2020
(Material enviado pelas docentes: Isaiane Bittencourt e Mariana Costa)
Fonte: Stanford Medicine
(Vídeo indicado pela docente Simone Santana)
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS
1. WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Coronavirus disease 2019 (COVID-19). Situation Report 56. Geneve: WHO, 2020. Disponível em: https://www.who.int/docs/default-source/coronaviruse/situation-reports/20200311- sitrep-51-covid-19.pdf. Acesso em 02 maio 2020.
2. MOURA, AS; ROCHA, RL. Endemias e epidemias: dengue, leishmaniose, febre amarela, influenza, febre maculosa e leptospirose. Belo Horizonte: Nescon/UFMG, 2012.
3. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Protocolo de manejo do Coronavírus (COVID-19) na Atenção Primária à Saúde. Versão 6. Brasília: Ministério da Saúde, 2020.
4. SESAB. Secretária de Saúde do Estado da Bahia. Nota técnica COE saúde nº 42 de 31 de março de 2020. Uso de máscaras artesanais. Bahia: SESAB, 2020. Disponível em: http://www.saude.ba.gov.br/wp-content/uploads/2020/04/NOTA-T%C3%89CNICA-COE-SA%C3%9ADE-N%C2%BA-42-DE-31-DE-MAR%C3%87O-DE-2020.pdf. Acesso em: 02 mar 2020.
REFERÊNCIA DAS FIGURAS
Figura 1 – JOHNS HOPKINS UNIVERSITY E MEDICINE. Mapa mundial. 04 de maio de 2020. Disponível em: https://coronavirus.jhu.edu/map.html. Acesso em 04 maio de 2020.
Figura 2 - GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ. Por que o distanciamento social é importante? Disponível em: http://www.coronavirus.pr.gov.br/Campanha/Pagina/Por-que-o-distanciamento-social-e-importante. Acesso em: 04 maio de 2020.
Figura 3 - OPAS BRASIL. Organização Pan-americana de Saúde. Folha informativa COVID 19. Brasília: OPAS, 2020. Disponível em: https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=6101:covid19&Itemid=875. Acesso em: 02 maio 2020.
Figura 4- SJC. Prefeitura de São José dos Campos. Coronavírus o que é. Disponível em: https://www.sjc.sp.gov.br/servicos/saude/vigilancia-epidemiologica/coronavirus/. Acesso em: 02 maio 2020.
Figura 5- CONASEMS. Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde. Material da campanha de prevenção ao Covid-19. Disponível em: https://www.conasems.org.br/material-da-campanha-de-prevencao-ao-covid-19/. Acesso em: 02 maio 2020.
O que se sabe sobre a transmissão do Sars-Cov2 através do ar
A COVID -19 é responsável por causar uma doença respiratória aguda grave com tosse, febre, dor em regiões do corpo e cansaço ou também podem ocorrer casos sem qualquer sintoma. Independente da presença ou não de sintomas, é uma doença altamente contagiosa que é transmitida de diferentes formas.
Até o momento sabíamos que os modos de transmissão do novo coronavírus poderiam ser: situações com contato com superfícies contaminadas (mãos, celulares, mesas, talheres, etc.) seguidas de contato com olhos, boca ou nariz, bem como contato com gotículas de saliva, espirros, tosse, catarro de pessoas contaminadas.
Em outubro de 2020 o Centro de controle e prevenção de doenças (CDC) dos Estados Unidos, responsável pelo tratamento das questões relacionadas à saúde e serviços humanos, reconhece que a transmissão do Sars-Cov2 pode ser pela via aérea, ou seja, através de micropartículas emitidas quando falamos ou respiramos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já havia emitido alertas sobre essa possibilidade no mês de julho de 2020 após ser provocada por diversos pesquisadores e por novas evidências científicas. O reconhecimento por parte da CDC põe novamente em debate as formas de transmissão do coronavírus e reforça alguns pontos, os quais discutiremos a seguir.
O que muda com o reconhecimento da transmissão através do ar? É necessário entender antes de tudo, a diferença entre gotículas e micropartículas.
Quando tossimos ou espirramos eliminamos gotículas que são a principal forma de transmissão de doenças respiratórias. A quantidade de vírus nessas gotículas é que vão possibilitar a contaminação das pessoas. Um espirro, por exemplo, pode lançar no ambiente até 40.000 gotículas com vírus, mas devido a constituição “pesada” dessas gotículas (em relação ao ar), podem percorrer uma distância de até 2 metros e cair contaminando as superfícies, mas sem permanecer no ar.
O reconhecimento da transmissão pelas micropartículas altera o contexto sobre as formas de contaminação, pois são estruturas mais leves do que as gotículas. Tais micropartículas são os aerossóis que exalamos ao falar ou respirar e podem flutuar por horas no ambiente, atingir distâncias maiores que as gotículas e em razão do menor tamanho atingir com maior facilidade as porções mais profundas do sistema respiratório. O que nos deixa ainda mais expostos ao risco de contaminação, sobretudo em situações que existem aglomerações, mal ventilação e pouco cuidado com a higiene das superfícies. Ambientes como bares, restaurantes, academias, transporte público, salas de aulas e escritórios podem ser de alto risco para contaminação quando se tem alguém infectado presente nesses locais. O tempo de permanência no local tende a influenciar, já que pode aumentar ou reduzir a exposição ao vírus.
Embora as máscaras cirúrgicas e de tecido não filtrem as micropartículas, por serem menores que os poros dos tecidos, devemos continuar utilizando-as quando o distanciamento social não for possível, pois apesar de não serem uma barreira perfeita, filtram as gotículas e diminuem o risco de contaminação.
É importante salientar que, por ser um vírus novo, o Sars-COv2 ainda não foi profundamente estudado surgindo informações novas a todo momento, o que requer de nós cautela e atenção. Nesse momento devemos continuar a seguir, dentro das possibilidades, as recomendações já orientadas: uso de máscaras, higiene das mãos e superfícies, evitar aglomerações e ambientes sem ventilação adequada, evitar tocar olhos, nariz e boca, adotar etiqueta respiratória e principalmente o distanciamento social.
(Texto redigido pelas docentes Isaiane Bittencourt, Mariana Costa e Simone Santana / Imagem criada pelo discente Diego Oliveira))