Fonte da imagem: Reprodução da internet (https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/estado/2020/03/18/hospitais-do-rio-e-de-sao-paulo-tem-profissionais-de-saude-infectados.htm)
A pandemia causada pela COVID-19 é uma emergência de saúde pública responsável pelo adoecimento e morte de milhares de pessoas em todo o mundo. Segundo o Boletim Epidemiológico no 23 do Ministério da Saúde, o Brasil apresenta o segundo maior número de casos da doença e de óbitos, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.
No Brasil, a pandemia revela problemas históricos ligados aos serviços de saúde, como o subfinanciamento dos serviços públicos e a desvalorização dos trabalhadores da saúde. Tais aspectos repercutem diretamente na qualidade do cuidado fornecido aos pacientes e na segurança do profissional, especialmente quando se observa a deficiência física, logística e de recursos humanos dos serviços de saúde para atender a demanda atual e a falta de equipamentos de proteção individual (EPI’s) para os profissionais atuarem de forma segura.
Nesse contexto, os profissionais de saúde que atuam na linha de frente do enfrentamento à Covid-19 estão mais expostos ao adoecimento. As profissões de saúde com o maior número de casos confirmados de Síndrome Gripal por COVID-19 foram técnicos/auxiliares de enfermagem, seguido dos enfermeiros e médicos. O adoecimento desses profissionais direciona para a necessidade de adotar medidas específicas com a finalidade de proteger e assegurar que permaneçam executando suas funções em segurança.
Algumas medidas podem minimizar a evolução da pandemia nestes grupos de trabalhadores, dentre elas:
1. Participação em treinamentos diversos sobre a COVID-19;
2. Recebimento de EPI’s de acordo com a natureza do trabalho executado juntamente com orientações sobre o uso correto;
3. Diminuição da jornada de trabalho;
4. Implantação de fluxos seguros de atendimento;
5. Testagem dos profissionais de saúde;
6. Participação em programas de apoio psicológico e de suporte social.
Essas iniciativas podem contribuir com a melhoria das condições de trabalho dos profissionais de saúde. É interessante, portanto, serem planejadas e implementadas sobre uma perspectiva de construção coletiva que se adeque as especificidades de cada realidade.
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico Especial 23. Doença pelo Coronavírus COVID-19. Semana epidemiológica 29 (12 a 18/07). Disponível em: https://saude.gov.br/images/pdf/2020/July/22/Boletim-epidemiologico-COVID-23-final.pdf. Acesso em: 26 jun 2020.
HELIOTERIO, M.C. et al. COVID-19: POR QUE A PROTEÇÃO DA SAÚDE DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS DA SAÚDE É PRIORITÁRIA NO COMBATE À PANDEMIA? Scielo Preprints. Disponível em: http://renastonline.ensp.fiocruz.br/recursos/covid-19-protecao-saude-trabalhadores-trabalhadoras-saude-prioritaria-combate-pandemia. Acesso em: 25 jun 2020.
Elaboração:
Comments