Fonte: Reprodução/Redes Sociais
O mês de junho é compreendido como o mês do orgulho LGBT. Faz referência à revolta de Stonewall, ocorrida em Nova York em junho de 1969, em resposta à frequente violência policial contra homossexuais. Hoje, o referido mês, marca internacionalmente a reivindicação pela cidadania e direitos pela luta contra a LGBTfobia através das paradas de orgulho LGBT. Em 2020, em virtude do contexto da pandemia, as manifestações foram transferidas para o ambiente online.
O preconceito, por exemplo, é uma dura realidade na vida dos LGBTs e, por isso, vivemos em alerta e temerosos por violências diversas. Essa realidade favorece ainda mais a vulnerabilidade à ansiedade e depressão. O contexto da pandemia evidencia, portanto, de diferentes maneiras, o que ocorre com a inexistência da discussão sobre as desigualdades e vulnerabilidades. Assim, as populações vulneráveis têm sido acometidas com maior intensidade.
É relevante pensar que com o distanciamento social, obviamente, nas residências com relações conflituosas, sem dúvidas, há intensificação na possibilidade de existência do sofrimento. Além disso, há de se considerar que a pandemia amplia as vulnerabilidades já existentes para um contexto de extrema vulnerabilidade como o desemprego, uso excessivo de tabaco, acesso aos serviços de saúde, preconceito, solidão, angústia, entre outros.
Para nós LGBTs, os grupos identitários são de fundamental importância no enfrentamento das violências cotidianas. Nesse momento, com as recomendações de distanciamento social, a importância desses grupos aumenta. A pandemia intensifica a necessidade de discussão sobre a ciência, direitos humanos, discussão de gênero, busca pela igualdade e respeito entre as pessoas. Meu desejo é que possamos utilizar as imposições do isolamento físico para produção de pensamento social. Que possamos fortalecer nossos grupos identitários e que estejamos sensíveis às nossas próprias causas.
(Texto escrito pela docente Simone Santana da Silva em 23 de junho de 2020)
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