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POR QUE AS MEDIDAS DE ENFRENTAMENTO DA COVID-19 DEVEM PERMANECER MESMO COM O INÍCIO DA VACINAÇÃO?





As doses de vacinas contra a COVID-19 produzidas pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório da China Sinovac foram enviadas para todos os estados brasileiros, os quais, como sabemos, já iniciaram a vacinação. Além disso, a vacina de Oxford, produzida por estudo em parceria com a Fiocruz no Brasil, chegou também ao Brasil na última semana de janeiro. Nesse processo, o Ministério da Saúde brasileiro definiu uma série de critérios para priorizar e dividir os grupos mais vulneráveis ao contágio pelo coronavírus, mas os estados têm autonomia para distribuir as vacinas e definir suas prioridades, com base nas suas necessidades específicas.

Existem pouco mais de 10 milhões de doses em território brasileiro, entre as quais 351.270 doses doses distribuídas no estado da Bahia (SESAB, 2021). É relevante relembrar que o Brasil possui 212 milhões de habitantes, entre os quais quase 15 milhões vivem na Bahia, portanto, grande parte da nossa população ainda não possui previsão de ser imunizada.

Uma vez imunizados poderemos levar nossa vida como antes? A resposta é NÃO. Mesmo nos países que avançaram no número de pessoas vacinadas, estima-se que deve levar meses para que o impacto da vacinação em massa reflita nas estatísticas de mortes, hospitalizações e infecções vinculadas à COVID-19. Especialistas apontam que quando 70% da população estiver vacinada é que a circulação do vírus perderá força, o que já sabemos é que em alguns locais em que a vacinação se encontra avançada observou-se a redução das internações hospitalares dos grupos já vacinados.

Isto quer dizer que a vacinação NÃO significa que estaremos livres para aglomerar e deixar de lado cuidados básicos. O distanciamento social, o uso de máscaras e higiene das mãos são fundamentais inclusive para aqueles que já receberam a vacina, dado que estes ainda podem infectar-se, ter um quadro leve da doença, mas ainda transmitir para outros que ainda não foram vacinados, ocasionando casos graves da doença.

É preciso cautela, a sensação de segurança conferida pelo início da vacinação do Brasil não revela a distância que estamos de termos a população protegida contra esta doença.



REFERÊNCIAS


BBC News Brasil. Vacina contra a covid: quem está recebendo as doses disponíveis de Coronavac em cada Estado brasileiro. 2021. Disponível em:<Vacina contra a covid: quem está recebendo as doses disponíveis de Coronavac em cada Estado brasileiro - BBC News Brasil> Acesso em 22 janeiro 2021

G1. Covid-19: Mais de 119 mil doses da vacina de Oxford chegam na Bahia, 2021. Disponível em: https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2021/01/24/covid-19-primeiras-doses-da-vacina-de-oxford-chegam-na-bahia.ghtml Acesso em 25 de janeiro de 2021.


SESAB. Acompanhamento da cobertura vacinal. 2021. Disponívem em: <Acompanhamento de Cobertura Vacinal COVID-19 (saude.ba.gov.br)>

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